Como voltar para o mercado de trabalho após a maternidade?

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Blog Como voltar para o mercado de trabalho após a maternidade?

Comments (0) / 20 de julho de 2017 /

Se você está pensando em voltar ao mercado de trabalho após a maternidade, muitas questões devem ter passado pela sua mente. Quais os meus direitos? Meu bebê vai sentir minha falta? Vou conseguir me readaptar à rotina profissional?

Para ajudar as mães em dúvida, destacamos neste texto os direitos da mulher na volta ao trabalho, alguns cuidados com o bebê para um retorno tranquilo e as preparações recomendadas para a profissional retornar despreocupada ao mercado.

Saiba mais sobre como voltar ao trabalho após a maternidade da melhor forma possível!

Quais os direitos da mulher na volta ao trabalho?

Estabilidade temporária

O primeiro direito da gestante é estabilidade temporária. Segundo a Constituição Federala mulher não pode ser dispensada de forma arbitrária ou sem justa causa desde o momento que for comunicada a gravidez até 5 meses após o parto.

Licença-maternidade

Outro direito previsto constitucionalmente é o salário-maternidade, também chamado de licença-maternidade. De acordo com a lei, a mulher pode tirar uma licença de 120 dias corridos, que começa no parto ou em até 28 dias antes da data prevista para o parto.

O benefício é pago pelo INSS e é igual ao salário mensal para quem tiver carteira assinada. A licença também é válida para adoção.

Servidoras públicas federais e funcionárias de empresas privadas que fazem parte do Programa Empresa Cidadã têm direito a mais 60 dias de licença, ou seja, 180 dias no total. Para garantir os seis meses de licença a trabalhadora precisa fazer o pedido até o fim do primeiro mês após o parto.

Se houver problemas médicos, a gestante também tem direito a repouso de 15 dias depois da licença, mas deve ser apresentado atestado médico.

Amamentação

Ao retornar ao emprego, a mulher tem direito a amamentar seu filho durante a jornada de trabalho. De acordo com a lei, a mãe pode tirar dois intervalos de meia hora por dia para amamentar o bebê até que o pequeno complete seis meses de vida.

Em casos em que a saúde da criança exigir, pode haver prorrogação deste período para amamentar no local de trabalho.

Quais cuidados com o bebê para um retorno tranquilo?

Depois de passarem tanto tempo juntos, a volta ao trabalho pode ser difícil tanto para a mãe quanto para o bebê. Para o processo ser menos complicado, é importante que a mulher se sinta confiante. “A criança capta a segurança da mãe e reage de acordo com ela”, explica a psicóloga Fernanda Roche, coordenadora do Espaço de Desenvolvimento Criança em Foco.

Existem algumas ações que a mãe pode realizar para tornar esse período de adaptação menos sofrido para ambos, como deixar a criança na creche (ou escola) por poucas horas nos primeiros dias até que ela se acostume com o local ou introduzir a pessoa (babá, avó, tia) que vai ficar com o bebê cada vez mais na rotina. Listamos abaixo mais sugestões.

Dicas para voltar ao trabalho sem sofrimento

1. Explique para o bebê a situação

Mesmo se a criança for muito pequena, é importante falar sobre a volta ao trabalho e assegurá-la que você retornará. Os bebês têm mais capacidade de observação e de compreensão do que costumamos pensar.

2. Diga “tchau”

Sair sem se despedir pode parecer mais simples, mas aumenta a insegurança da criança quando a mãe some de repente.

3. Seja breve

Depois de explicar para o bebê a rotina naquele dia, dê-lhe um abraço e um beijo e saia sem rodeios. Mesmo se o bebê chorar é importante resistir. Com o tempo, a criança vai entender.

4. Tenha atenção para mensagens dúbias

Mesmo que a separação seja dolorosa, sobretudo para a mãe, a mulher deve não deve demonstrar dúvidas para a criança. É bom evitar expressões corporais conflituosas, como se despedir muitas vezes ou titubear antes de ir embora.

5. Não se culpe

É natural que a criança chore e tenha um pouco de dificuldade com o afastamento, mas ela terá alguém para acolhê-la, restabelecendo sua segurança.

Como se preparar para o mercado de trabalho após a maternidade?

É normal ter um pouco de ansiedade no retorno ao trabalho depois de alguns meses de dedicação exclusiva à maternidade. Muitas mães se sentem inseguras em relação ao tempo longe do bebê ou à readaptação ao ambiente de trabalho, mas essas inquietações podem ser aplacadas.

“Algumas situações, mesmo difíceis, podem ser pensadas, como a redução das distâncias entre a creche, o trabalho e a casa, e até a redução do número de viagens, dependendo do cargo da mãe”, diz a ginecologista e obstetra Flávia Fairbanks, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

De acordo com a especialista, a adaptação completa da mãe e da criança costuma durar cerca de um ano. Com um ano de vida, a criança já tem contato com mais alimentos e começa a andar. “Nessa época, a mãe percebe que o bebê já está mais independente, assim ela volta mais tranquila à rotina de antes, trabalhando melhor”, explicita Flávia Fairbanks.

Uma dica para um retorno mais agradável é antecipar contatos com os colegas de trabalho. Assim, você fica por dentro das mudanças que ocorreram no período da sua licença e sabe o que esperar.

Quem pretende passar mais tempo fora do mercado de trabalho também pode pensar em fazer cursos, palestras e workshops para atualizar os conhecimentos e manter a proximidade com outros profissionais da área.

“Mesmo que não tenha um tempo pré-determinado de afastamento, essa profissional deve planejar como será o período de ausência e manter-se atualizada”, afirma Andreza Santana, gerente de marketing sênior do Monster Brasil.

Voltar à rotina profissional pode ser menos penoso se a empresa tiver mais flexibilidade. Já existem empresas em que o pai também tem direito à licença. Outras disponibilizam uma área dedicada à amamentação. Mesmo que seu local de trabalho não ofereça esses benefícios, identifique quão flexível é sua chefia.

Tenha em mente que o mais importante na volta ao trabalho após a maternidade é a qualidade dos momentos passados com o bebê e não a quantidade de tempo. Brincadeiras, massagens e conversas com o neném ajudam a minimizam o impacto da distância entre os dois.

A preocupação em não estar perto do bebê é normal, mas se a tensão for muito grande e não permitir, por exemplo, acompanhar uma reunião até o fim sem achar que houve algo com a criança, a mulher pode precisar de uma assistência psicológica.

“Além da depressão pós-parto, há também a depressão pós-amamentação. Se ela não consegue se concentrar, ou chora, mesmo sabendo que a criança está bem, ela deve perceber que essa emoção está muito intensa”, esclarece Márcia Belmiro.

Gostou das nossas dicas? Se você está pensando em voltar para o mercado de trabalho após a maternidade ou tem alguma outra sugestão, comente aqui no post!

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