Surgida em 1913, a neuropsicologia veio se atualizando e evoluindo paralelamente aos avanços tecnológicos até os dias de hoje, sendo reconhecida como especialidade em 2004 pelo Conselho Federal de Psicologia. Atualmente, é uma área promissora das neurociências que investiga os distúrbios cognitivos, emocionais e de personalidade associados a lesões cerebrais, além de ser capaz de avaliar o desenvolvimento neural dos indivíduos.
A neuropsicologia se utiliza de uma avaliação neuropsicológica específica para diagnosticar os pacientes com alterações de comportamento e correlaciona-las com lesões cerebrais. Quer saber mais sobre sua importância e suas etapas? Então continue lendo este post.
Etapas da avaliação neuropsicológica
- Obtenção dos dados clínicos do paciente: essas informações podem ser obtidas em hospitais ou mesmo por meio da carta de encaminhamento dos profissionais (psiquiatra, psicólogo, neurologista) relatando os sintomas apresentados pelo paciente e o evento desencadeador (traumatismos, doenças, etc.), além da solicitação para avaliação da função cerebral.
- Avaliação clínica do neuropsicólogo: de posse dos dados clínicos, o neuropsicólogo fará a anamnese, perguntando ao paciente sobre o início dos sintomas, se utiliza algum medicamento e como se sente em relação aquela situação.
- Aplicação dos métodos neuropsicológicos: com base nas informações dos profissionais e do paciente, o neuropsicólogo selecionará então o método mais adequado para a função cerebral em análise. Este pode ser feito por meio de testes ou baterias neuropsicológicas, por exemplo.
Os testes são utilizados para identificar uma função cognitiva específica e relacioná-la com as estruturas cerebrais envolvidas. Um exemplo é o teste de retenção visual de Benton, que mensura a habilidade da memória e a percepção visual.
Já as baterias neuropsicológicas são compostas por um conjunto de testes com o objetivo de responder dados mais direcionados sobre determinada função cerebral. Um exemplo de bateria é a Piaget-Head, que serve para verificar a orientação espacial de crianças até 12 anos e a capacidade de diferenciação entre direita e esquerda. Estes resultados podem indicar diagnósticos de dislexia, disgrafia ou discalculia.
Benefícios da avaliação neuropsicológica
Os métodos neuropsicológicos podem proporcionar o diagnóstico diferencial de doenças que apresentam sintomas parecidos. Também é possível classificar a severidade clínica dos pacientes e monitorar a evolução dos indivíduos que estejam em tratamento. Em crianças, a avaliação neuropsicológica pode investigar atrasos no desenvolvimento ou a influência do tratamento medicamentoso no desempenho de tarefas escolares.
Abordagens clínicas na avaliação neuropsicológica
Em casos de danos cerebrais
Os danos cerebrais podem ocorrer nos casos de tumores, traumatismos cranianos, epilepsias, esquizofrenia, demência, etc. Nesses casos, a avaliação neuropsicológica identificará as funções cognitivas, motoras e executivas que foram prejudicadas, e como poderá ser feita a intervenção para tratar cada caso.
Em crianças
Nesses casos procura-se identificar dificuldades no aprendizado escolar que não estão condizentes com a idade, distúrbios do comportamento ou alterações pontuais nas emoções devido a alguma situação particular, por exemplo. Dessa forma, problemas de atenção e concentração também podem ser detectados por meio dos exames neuropsicológicos.
Em idosos
O envelhecimento traz consigo deficiências neurológicas que podem se manifestar naturalmente, ou relacionadas a outras doenças. No primeiro caso, é comum o déficit de atenção, processamento e aprendizado de novas informações. O segundo caso, por sua vez, se relaciona a doenças com Alzheimer, doença de Parkinson, dentre outras.
A avaliação neuropsicológica é uma metodologia para diagnosticar distúrbios cerebrais e alterações de comportamento em todas as idades. Por isso, é importante procurar um neuropsicológico caso você suspeite que alguém que você conheça precisa desse tipo de atenção.
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